A atitude do candidato tucano contradiz seu discurso, quando acusou o governo, na semana passada, de censurar e imprensa e disse ser contra qualquer tipo de restrição à atividade jornalística, durante o 8.º Congresso Brasileiro de Jornais, promovido pela Associação Nacional de Jornais (ANJ), no Rio de Janeiro.
Nenhum dos grandes jornais estamparam esta notícia em suas capas. E claro que não foi por falta de relevância, ou mais tecnicamente, critérios de noticiabilidade, valores-notícia. Um candidato à presidência reúne-se, de portas fechadas à imprensa, com militares , alguns deles destacados personagens da ditadura militar, e os editores e chefes de reportagem não vêm motivo a para noticiar o acontecimento?
O acepção do termo "liberdade de imprensa" tem para os donos das grandes empresas de comunicação do país um sentido diferente do que foi conquistado pelas lutas populares. Nas redações dos principais veículos de informação, que estão preocupados apenas em devolver o poder aos seus representantes, essa "liberdade" é utilizada como autorização para decidir o que o povo deve o ou não saber. Por isso as declarações de Serra e seu vice ganham a publicidade negada aos reais fatos de interesse público.
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