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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Campanha de Serra muda slogan, a estratégia de denúncias sem provas continua

"São profissionais da mentira", bradou Serra na entrevista ao Jornal da Globo ontem (1º). A frase foi utilizada para atacar a equipe de campanha de Dilma, mas bem que poderia ser repetida para esclarecer a especialidade dos seus próprios coordenadores.

Apesar da maioria dos jornais anunciarem alterações na estratégia da campanha demo-tucana, apenas o slogan mudou. O antigo "O Brasil pode mais" foi para o saco. Agora será "É hora da virada", que reflete naturalmente a derrota nas últimas pesquisas. Na falta de um programa de governo que possa ao menos parecer uma alternativa ao atual, restou ao tucano a estratégia do terrorismo eleitoral.

Quem acompanha os noticiários percebe logo a ausência de projetos para um eventual governo Serra. Só há acusações ou críticas falsas ao governo Lula e sua candidata. Ainda em entrevista ao JG, o tucano voltou a dizer que o governo federal teve participação ínfima nas obras de urbanização de favelas de São Paulo.

Poderia até colocar o link do website do Governo do Estado de São Paulo, se a página não tivesse sido tirada do ar. O que nos restou foi uma imagem de um release publicado na página eletrônica da Prefeitura de São Paulo, por sorte arquivada antes de ser apagada hoje. Você pode ver a página em branco aqui. Ou clicar na imagem, abaixo, e ver o que eles tentaram nos esconder.


Sim, existe outros meio de ter acesso aos valores empregados pelo governo Lula para a realização de tais obras. Você pode acessá-las no Portal da Tranparência (aqui).

Entre o público e o publicado

"Não há nada a ser inaugurado em Paraisópolis", avisou Serra. Mesmo assim, Lula foi ao evento na favela de Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo, onde até mesmo mulheres e crianças foram reprimidas com gás de pimenta e cassetetes durante o governo Serra. "Em clima de festa", publicou o R7, 240 apartamentos financiados pelo PAC foram anunciados pelo presidente nesta terça-feira (31).

"O projeto total, que prevê a construção de 2.412 novas moradias, faz parte de uma parceria entre a prefeitura e os governos federal e estadual, e conta com recursos de R$ 318,8 milhões", relatou o Estadão.

Kassab bem que tentou pegar carona na popularidade de Lula, mas não deu certo. Vaiado pelos moradores, o prefeito da capital paulista teve de pedir palmas para o presidente diversas vezes para conseguir terminar um discurso relâmpago de quatro minutos. Alberto Goldman, atual governador de São Paulo, disse que não escutou as vaias ao colega.

Ao final, Kassab e Goldman tiveram mais uma desagradável surpresa. Lula passou o microfone para um repentista, morador do conjunto inaugurado, que improvisou alguns versos para pedir votos para Dilma Rousseff. A Folha destacou a apresentação do morador:
"Lula é muito gentil/ Hoje se acha presente/ Caetés voltou para ti/ Tu és muito competente/ E com Dilma vai ser à frente/ Você vem de (sic) novamente", cantou o repentista."
Entende-se agora porque o candidato à presidência pelo PSDB tentou demover o Lula de comparecer ao evento inauguração em Paraisópolis.



* Com informações do Tijolaço.

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