Do website Vermelho.Org
Para entender melhor o inquérito da Polícia Federal sobre a quebra do sigilo fiscal dos tucanos, as investigações foram encerradas na semana passada, inclusive com a tomada de depoimento do repórter Amaury Jr por mais de dez horas.
Por Luis Nassif, em seu blog
A conclusão final do inquérito foi a de que Amaury trabalhou o dossiê a serviço do Estado de Minas e do governador Aécio Neves – como uma forma de se defender de esperados ataques de José Serra. Em negociação com o Palácio, a cúpula da Polícia Federal decidiu segurar as conclusões para após as eleições, para não dar margem a nenhuma interpretação de que o inquérito pudesse ter influência política.
No entanto, a advogada de Eduardo Jorge – que tem acesso às peças do inquérito por conta de uma liminar na Justiça –, conseguiu as informações. Conferindo seu conteúdo explosivo, aparentemente pretendeu montar um antídoto. Vazou as informações para a Folha, dando ênfase ao acessório – a aproximação posterior de Amaury com a pré-campanha de Dilma – para diluir o essencial – o fato de que o dossiê foi fogo amigo no PSDB.
Neste momento – segundo informações de repórteres de Brasília com acesso a investigadores –, discute-se na PF a oportunidade ou não de uma coletiva para colocar as peças no devido lugar. Aparentemente, a manobra de Eduardo Jorge com o jornal acabou sendo um tiro no pé. A partir de agora, não dará mais para a velha mídia ignorar o tema.
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