Publicidade

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Diploma de Jornalista: ABI repudia a decisão do STF


Nesta quarta-feira, 17, o Supremo Tribunal Federal declarou inconstitucional a exigência de diploma de nível superior para o exercício da profissão de jornalista.

O Ministro Gilmar Mendes foi o relator do Recurso Extraordinário nº 511961, e votou
contrariamente à exigência do diploma como requisito para o exercício da profissão. Na opinião dele, a Constituição Federal de 1988, ao garantir a ampla liberdade de expressão, não recepcionou o Decreto-Lei nº 972/69, que exigia o diploma.

O voto do relator foi acompanhado pelos Ministros Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Eros Grau, Carlos Ayres Britto, Ellen Gracie, Cezar Peluso e Celso de Mello. O Ministro Marco Aurélio de Melo votou pela permanência da exigência do diploma. Os Ministros Joquim Barbosa e Carlos Alberto Menezes Direito não estavam presentes na sessão.

Em Brasília, onde foi participar da entrega de uma premiação, o Presidente da ABI, Maurício Azêdo, foi informado da decisão do STF e emitiu a seguinte declaração:

“A ABI lamenta e considera que esta decisão expõe os jornalistas a riscos e fragilidades e entra em choque com o texto constitucional e a aspiração de implantação efetiva de um Estado Democrático de Direito entre nós, como prescrito na Carta de 1988.

A ABI tem razões especiais para lamentar esse fato porque, já em 1918, há mais de 90 anos portanto, organizou o 1º Congresso Brasileiro de Jornalistas e aprovou como uma das teses principais a necessidade de que os jornalistas tivessem formação de nível universitário. Com esse fim, chegou a aprovar a possível grade curricular do curso de Jornalismo a ser implantado.

A ABI espera que as entidades de jornalistas, à frente a Federação Nacional dos Jornalistas-Fenaj, promovam gestões junto às lideranças do Congresso Nacional, para restabelecer aquilo que o Supremo Tribunal está sonegando à sociedade: um jornalismo feito com competência técnica e alto sentido cultural e ético”.

Maurício Azêdo, Presidente da ABI.

Fonte: Fenaj

terça-feira, 16 de junho de 2009

Folha de S. Paulo amarga enorme derrota em sua própria enquete

Por Humberto Carvalho Jr.

Na tentativa de induzir, mais uma vez, o leitor a compactuar com os interesses da "grande imprensa" e políticos que tentam desgastar a imagem da Petrobràs, a Folha de S. Paulo lançou uma tendenciosa enquete em seu website. E o tiro saiu pela culatra.

Pergunta a enquete:
Você aprova a decisão da Petrobras de vazar em blog as perguntas feitas por jornalistas para reportagens que ainda não foram publicadas?
Para a tristeza dos dirigentes do jornal paulista, 85% dos 5.018 votos aprovam a decisão da estatal brasileira. O restante , apenas 15% dos votantes, concordam com as grandes emissoras. Ou seja, a missão foi um fracasso. Clique na figura abaixo ou clique aqui para visualizar melhor o resultado da enquete.


A enquete é apenas uma parte da campanha de desvalorização perpetrada pela mídia nativa. Algumas semanas após a aprovação da CPI que investigará a Petrobras, foi criado o blog Fatos e Dados, onde a empresa divulga informações e analisando a cobertura da imprensa sobre a empresa.

O meios de comunicação, incomodados com a idéia, não fazem a mínima questão de esconder o desconforto de ter sua hegemonia posta em xeque. Desde a sua criação, o weblog Fatos e Dados sofre com os ataques de diversas publicações veiculadas pelas maiores empresas de comunicação do país.

Nesta terça (16), foi publicado no blog uma resposta ao diário paulista, que havia questionado os gastos da companhia com publicidade (clique aqui).

Quantas enquetes como esta serão necessárias para a Folha notar que o leitor não é um quadro em branco?