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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Serra surta e pede cassação do registro de candidatura de Dilma

Dessa vez, nem mesmo a Miriam Leitão, aquela do "mercado nervoso", apoiou o plano maquiavélico da coligação "É hora da virada", do tucano José Serra. "Há um claro exagero do PSDB em pedir a cassação do registro da candidata que está em tão confortável vantagem nas intenções de voto", admitiu ela, uma das principais porta-vozes da ultra-direita brasileira, em artigo publicado no website do Diário de Pernambuco ontem (1º).

Na falta de um programa de governo alternativo ao atual, restou ao PSDB repetir a antiga tática do terrorismo eleitoral, levando as eleições presidenciais deste ano às últimas consequências. O desespero da oposição remete-nos à celebre declaração do jornalista e político anti-getúlista Carlos Lacerda (UDN), o corvo-mor fundador do PIG, lembrada pelo professor Emir Sader:
“Juscelino não pode ser candidato. Se for, não pode ganhar. Se ganhar, não pode tomar posse. Se tomar posse, deve ser derrubado.”
Sader explica ainda que a estratégia do terrorismo eleitoral, um repeteco demo-tucano, não guarda nenhum imprevisto:
"Nada de surpreendente. Uma direita dirigida por jornais corvos só poderia desembocar no golpismo. Tentar ganhar no tapetão ou tentar desqualificar o processo eleitoral – último apelo da tucanalhada. Perderão como perderam sempre contra o Getúlio, contra o JK e contra o Lula. Fim melancólico de um partido que se pretendia social democrata, implantou o neoliberalismo no Brasil e terminou como corvo golpista."
Leia o artigo de Emir Sader na íntegra aqui.


"Os cães ladram, a caravana passa"

A campanha do medo, reeditada pela coligação demo-tucana e amplificada pela imprensa corporativa, ignora a própria história. Falhou em 2002, quando Lula foi eleito no primeiro turno, e em 2006, quando o presidente foi reeleito no segundo turno com 59%, atual índice de intenções de voto de sua candidata, Dilma Rousseff.

A antecipada derrota de Serra, consenso até mesmo entre seus aliados, contrariando todas as expectativas depositadas em sua relação quase simbiótica com imprensa corporativa brasileira, acabaram por me lembrar um provérbio árabe: "os cães ladram, a caravana passa".

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